
Os anos se passaram, aos 17 anos entrei na universidade e contrariando a família que tinha a expectativa que eu escolhesse uma profissão mais próspera (médica, advogada, engenheira…) eu decidi ser jornalista. No primeiro ano de faculdade tinha convicção que ia atuar no campo, cobrir guerras e contribuir para um mundo melhor. Com muito esforço, juntei meu dinheirinho, e peguei um ônibus para São Paulo assistir uma palestra da Ana Paula Padrão e do Caco Barcelos porque sonhava em um dia ser como eles, levar informação para o mundo.
Nunca fui para guerra, até cheguei a ser selecionada para escrever um livro reportagem na Colômbia, durante o conflito da FARC, mas na época Íngrid Betancourt Pulecio foi sequestrada, o projeto entrou em risco e foi abortado. Foi aquele o momento, ainda na faculdade, que miguei para outro front a luta pelo empreendedorismo, pela sobrevivência dos negócios. Mesmo sem completar a formação atuei em assessoria de imprensa em entidades empresariais, empreendi, cresci, conheci pessoas incríveis.
Me formei já mãe e empreendedora, com um respeito enorme aos profissionais que informam, se colocam no front e são inspiração. Tenho um orgulho enorme da minha formação, sou jornalista!
Hoje, a frente do LIDE, atuo lado a lado com uma das jornalistas que sempre foi minha inspiração, a Mira Graçano que foi a primeira mulher a assumir a bancada de um telejornal no Paraná. No ano passado recebi a Ana Paula Padrão, a quem pude agradecer em ser minha inspiração, e quando fui fazer meu projeto de conclusão de curso de jornalismo quem me ensinou a fazer livro reportagem que foi o Caco Barcelos. Há poucos anos trabalhei no meu segundo livro (o primeiro publicado) com uma das profissionais mais fantásticas que conheci, a jornalista Astrid Façanha, que se tornou da família, minha comadre.
E nesta semana eu me torno colunista da Gazeta do Povo, um dos veículos de comunicação mais respeitados do Brasil e que eu tive a honra de fazer parte do time.
Hoje mais do que nunca vejo que sou usada para batalhas, uma batalha silenciosa, a batalha do empreendedorismo, da sobrevivência dos negócios.
Nunca nessa transformação que estamos vivendo a informação, a credibilidade, a apuração dos fatos e a responsabilidade foram tão valiosos.
Minha gratidão a todos os colegas e mestres que estão ajudando na minha construção!
Jornalistas, todo o dia somos essenciais!