Com filme indicado ao Oscar e conquista de mais de 200 prêmios, a produtora curitibana também é responsável pelo Olhar de Cinema, um dos festivais que mais cresce no país
Por Elusa Costa
A paixão pelo cinema e a vontade de fazer a diferença no cenário audiovisual brasileiro impulsionaram a criação da Grafo Audiovisual em 2007. Antonio Gonçalves Jr, Marisa Merlo e Aly Muritiba, jovens estudantes na época, uniram-se com a aspiração de estabelecer uma marca sólida na produção de filmes, tanto para o mercado nacional como internacional.
Visionários, os jovens apostaram na ambição de criar um legado no cinema. Com o roteiro pronto antes mesmo de se formarem, trilharam um caminho de sucesso, conquistando reconhecimento não apenas no Brasil, mas também em todo o mundo.
Um dos pontos altos dessa trajetória veio em 2022 com o filme “Deserto Particular”. A obra, que estreou no Festival de Veneza e conquistou o prêmio do público na Giornate degli Autori, foi selecionada pela Academia Brasileira de Cinema como representante do país no Oscar, tornando-se o primeiro filme paranaense indicado e o primeiro fora do eixo Rio-São Paulo a alcançar tal feito.
“Foi uma honra imensa receber essa indicação. Em 80 anos de participação do Brasil no Oscar, poucas produções alcançaram esse reconhecimento. É ainda mais emocionante ver um filme produzido aqui em Curitiba, com a maioria dos profissionais envolvidos sendo paranaenses, chegar às telas de cinema e receber feedbacks tão positivos.”, conta Antonio Gonçalves Junior, diretor artístico da Grafo.
INDICAÇÃO AO OSCAR
O filme Deserto Particular, com direção de Aly Muritiba, conta a história de Daniel (Antonio Saboia), um policial que comete um erro que acaba colocando em risco sua carreira e sai de Curitiba rumo ao sertão baiano para encontrar um amor. O filme, que tem Curitiba, capital do Paraná, como parte do enredo, foi premiado no Festival de Veneza, na Mostra Venice Days, com o Prêmio do Público BNL.
Outro destaque é o longa Ferrugem, dirigido por Aly Muritiba em coprodução com a Globo Filmes, que foi eleito o Melhor Longa-Metragem Brasileiro no 46o Festival de Cinema de Gramado, recebendo também os Kikitos de Melhor Roteiro e Melhor Desenho de Som. Ao todo, as produções da Grafo foram exibidas em mais de 400 festivais em cinco continentes e conquistaram mais de 200 prêmios. Além disso, foram vendidas para mais de 30 países da América, Europa, África e Ásia.
“Nossa empresa desempenha um papel crucial na promoção da cultura audiovisual independente, não apenas gerando empregos e renda – com cada filme envolvendo mais de 300 pessoas e orçamentos que variam de 1,5 milhões a 10 milhões de reais – mas também exportando nossos produtos para o mundo inteiro. Ao promover o cinema brasileiro globalmente, destacamos o valor simbólico e cultural das nossas produções, que têm um impacto duradouro e significativo.”, reflete o diretor artístico.
Com o objetivo de fomentar a produção nacional e divulgar as obras produzidas no Brasil, a Grafo criou o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. “A ideia do festival começou em 2011. Vimos a chance de criar um evento com alcance internacional, mas alinhado à identidade de Curitiba”, explica Gonçalves.
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