A atividade econômica paranaense cresceu 5,32% no primeiro trimestre de 2024, quase cinco vezes mais que a média nacional, com exportações de US$ 8,6 bilhões em alimentos e bebidas para 172 países, um recorde
O Paraná tem muitos motivos para celebrar, o Estado vem de ótimos resultados econômicos, os maiores dos últimos anos, com recordes nas exportações, na abertura de novas empresas, geração de empregos e ampliação dos investimentos em infraestrutura e nas áreas de educação e saúde. Os excelentes números do Paraná podem ser vistos no crescimento de 5,32% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), registrado no 1º trimestre de 2024, no comparativo com o último trimestre do ano passado com ajuste sazonal. O resultado apurado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), feito a partir de dados do BC, representa uma alta quase cinco vezes maior que a média nacional no mesmo período, que foi de 1,08%.
Em junho último, a atividade econômica paranaense registrou alta de 8,37, em comparação ao mesmo mês de 2023, mais que o dobro da brasileira, que atingiu 3,18% e também, o maior aumento entre os estados das regiões Sul e Sudeste: São Paulo (5,62%), Santa Catarina (4,41%), Rio de Janeiro (3,12%), Rio Grande do Sul (2,21%) e Minas Gerais (1,93%).
Ao longo dos últimos cinco anos, a estratégia de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido ótimos resultados. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram 52,9% desde 2019, quando eram exportados US$ 5,6 bilhões em produtos desta natureza. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, organizados e analisados pelo IPARDES, o Paraná exportou US$ 8,6 bilhões em alimentos e bebidas para 172 países diferentes de janeiro a julho de 2024, o que reforça a vocação do Estado.
A eficácia na produção agropecuária, os investimentos em inovação e modernização do parque industrial atraiu clientes globalmente. A China é hoje o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 3,6 bilhões de produtos comercializados. Na sequência estão o Irã (US$ 292 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 271 milhões), Indonésia (US$ 224 milhões), Coreia do Sul (US$ 222 milhões), Holanda (US$ 220 milhões), Japão (US$ 195 milhões) e México (US$ 190 milhões). Mas na lista de clientes da produção paranaense ainda figuram gigantes da economia global, como Estados Unidos (US$ 118 milhões), Egito (US$ 116 milhões), França (US$ 116 milhões) e Alemanha (US$ 116 milhões), e pequenos países e territórios, como Palau (Oceania), Gibraltar (Europa), Montserrat (Caribe) e Samoa Americana (Oceania), por exemplo.
O total de grandes importadores de alimentos paranaenses também aumentou. Nos primeiros sete meses de 2019, 22 países importavam cerca de US$ 50 milhões em alimentos do Paraná, no mesmo período de 2024, 36 países superaram esta marca. Para a China, por exemplo, a venda de alimentos paranaenses cresceu 76,7%. Para os Estados Unidos, as exportações de comida subiram 43,7% no período. Países como Índia, Irlanda, Indonésia, México, Vietnã, Egito, Tailândia e Turquia mais do que dobraram as importações de produtos alimentícios do Paraná nesses cinco anos.
AGRONEGÓCIO EFICIENTE E LUCRATIVO
O Paraná cresce e se fortalece nos mais diversos segmentos da economia e é um grande líder na produção agropecuária brasileira.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná somou R$ 197,8 bilhões em 2023, de acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os números representam um crescimento nominal de 3% em relação ao VBP de 2022 (R$ 191,2 bilhões). Se considerada a inflação do período, o resultado foi 11% superior. O segmento pecuário foi responsável por 49% do Valor Bruto da Produção, enquanto a agricultura representa 46,6%.
O índice contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense.
No 1º trimestre de 2024, o Paraná teve o maior aumento de abate de suínos do País, de acordo com dados do IBGE, respondendo por 22,3% da produção nacional e o segundo maior no abate de aves, o que manteve o Estado como líder nacional, com 34,6% da produção nacional de carne de frango.
Outro orgulho paranaense é o gado leiteiro. O Estado responde por 14,5% da produção nacional, a segunda maior do país, com grande destaque para os 27,33 milhões de litros produzidos a mais nos três primeiros meses de 2024 no comparativo com o mesmo período do ano passado (alta de 3,1%), chegando a 897 milhões de litros. No segmento de ovos, o Paraná responde por 10,1% da produção nacional em um ranking liderado por São Paulo (26,4%).
Na produção nacional de grãos, a liderança do Estado é inquestionável. No cultivo de feijão, por exemplo, o Paraná está em primeiro lugar, com 71% de tudo que é plantado no País e atingiu no ano passado, um valor de produção de R$ 2,9 bilhões de reais. Já na produção de milho, é o 2º maior produtor, com quase 15,6 milhões de toneladas em 2023, o 2º também no plantio de trigo e o terceiro maior produtor de soja do país, com 13,7 milhões de toneladas colhidas na última safra.
INDÚSTRIA IMPULSIONA A ECONOMIA DO PARANÁ
Setor de derivados de petróleo, biocombustíveis, bebidas, alimentos e indústria de transformação e móveis elevam o crescimento da indústria do Paraná.
Desde o início de 2024, a produção industrial do Paraná segue tendência de alta, de acordo com a Pesquisa Mensal Industrial (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados apontam que o setor cresceu 1,9% em janeiro no Estado, enquanto o Brasil registrou queda de 1,6%. O Paraná também foi o único com destaque na evolução do indicador na região Sul. No mesmo recorte, a indústria de Santa Catarina caiu 3,1% e do Rio Grande do Sul retraiu 3,8%. Das 15 regiões pesquisadas pelo IBGE, o Paraná teve o quinto melhor desempenho do País, atrás de Amazonas (16,7%), Mato Grosso (4,4%), Região Nordeste (3,2%) e Bahia (2,1%).
A produção bimestral foi alavancada, principalmente pela fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que avançou 41,4% nos primeiros meses do ano, e de produtos de madeira, com aumento de 22,1%. Também cresceram, no período, as indústrias de bebidas (14,3%), de produtos de borracha e de material plástico (9,6%), de móveis (5,8%), de produtos alimentícios (4,4%), de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,4%) e de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (0,1%).
GERAR EMPREGOS PARA GARANTIR DESENVOLVIMENTO
No campo ou na cidade, os paranaenses têm muitos motivos para celebrar, empresas são abertas em pouco mais de 8 horas e os salários tiveram aumentos reais.
Nos cinco primeiros meses de 2024 foram criados 96.019 novos postos de trabalho em todo o Paraná, o terceiro que mais gerou empregos formais no país, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, que são estados mais populosos. O saldo positivo de vagas criadas no Paraná em 2024 é 51,7% superior ao anotado no mesmo período de 2023, quando foram registrados 63.272 novos empregos. O setor que mais contratou foi o de serviços, seguido pela da indústria, construção civil e agropecuário.
Um fator importante nesses dados, é o aumento da renda média dos trabalhadores paranaenses, que cresceu 6,7% em um ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) e passou de R$ 3.239 para R$ 3.457 ao mês. Essa melhoria representou o 7º maior aumento proporcional entre os 26 estados e o Distrito Federal para o período, em que apenas 10 unidades da Federação registraram ampliação no rendimento médio das pessoas empregadas. Outro avanço ocorreu na equidade de gênero, com as mulheres diminuindo a diferença de remuneração para os homens no Estado.
E para gerar mais postos de trabalho, foram adotadas várias ações para facilitar a vida do empresário, como o Descomplica Paraná, um programa que desburocratiza o processo de abertura de empresas e emissão de licenças e alvarás. No mês de julho, a Junta Comercial do Paraná levou cerca de 8 horas e 31 minutos para abrir uma nova empresa, o segundo melhor tempo do país, de acordo com números da Redesim, do Governo Federal. Foram 6.757 solicitações em julho. Atualmente, todos os processos são digitais no Estado, o que o torna pioneiro na informatização. O Empresa Fácil é um sistema online para abertura, alteração cadastral e encerramento de inscrição de empresas junto ao Cadastro Municipal, integrado à Rede SiM, que é de âmbito federal, estadual e municipal.
Por: Eliane Bernardo