Especialistas, filiados ao LIDE Paraná, apontaram as principais pautas sobre o tema e como agendas mais propositivas podem impactar nas ações. 

 

O caso  recente envolvendo trabalhadores terceirizados de vinícolas do Rio Grande do Sul chamou atenção dos integrantes do Comitê ESG do LIDE Paraná para a importância de se discutir a governança em toda a cadeia produtiva de uma empresa. No fim do mês de fevereiro, mais de 200 trabalhadores foram encontrados em situaçõa análoga a escravidão, na cidade de Bento Gonçalvez. Os homens haviam sido contratados por empresas terceirizadas. “Infelizmente, ainda existem muitas empresas que enfrentam  desgastes em suas práticas, especialmente quando se trata de questões trabalhistas”, disse o  economista Pio Martins.

Durante a primeira reunião do Comitê de ESG do LIDE Paraná, os técnicos consideraram o tema governança como prioridade para as discussões do ano. Para eles é essencial que as empresas estabeleçam metas e parâmetros de governança para garantir que suas operações sejam éticas ​​e responsáveis. “Em ESG não basta parecer ser, é preciso ser. Precisamos criar discussões e identificar cases que sirvam de parâmetros para outras empresas. Temos que deixar de ser passivos e nos tornar propositivos”, reforçou Mayra de Souza, fundadora da SEED Consultoria especializada em ESG.

Ao implementar políticas robustas de governança, as empresas podem proteger seus trabalhadores e comunidades, além de melhorar a confiança do público em geral. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 25 milhões de trabalhadores em todo o mundo são vítimas de trabalho forçado. Além disso, a falta de governança em ESG pode ter um impacto significativo nas empresas, especialmente em suas reputações.

Para evitar essas vulnerabilidades, as empresas precisam implementar políticas que abordem as questões ESG. Isso inclui garantias justas, condições de trabalho seguras e saudáveis, proteção social e igualdade de oportunidades. Para o especialista em ESG Willian Padilha, do Grupo Ambiensys, as  práticas devem ser discutidas para que soluções sejam implantadas. “Nós temos bons e maus exemplos. O importante é nos perguntarmos  como podemos contribuir. Quais iniciativas das demais empresas deram bons resultados e podem se tornar políticas de gestão na minha ou em outras empresas”, comentou.

Durante o encontro, a presidente do LIDE Paraná, Heloisa Garrett, apresentou aos representantes do Comitê as agendas de ESG para 2023, que incluem o Fórum ESG que será realizado em junho.

 

LIDE Paraná 

Integrante do Sistema LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, o LIDE Paraná atua na construção de uma agenda positiva voltada ao fortalecimento da economia daquele que é considerado o segundo estado mais competitivo do Brasil, segundo a The Economist Intelligence Unit.

Ciente do potencial de crescimento das empresas da região, o LIDE Paraná se posiciona como um hub de negócios para a promoção de oportunidades de investimento, desenvolvimento econômico e social e construção de conexões únicas, estimulando as interações e o networking empresarial. Volta-se, ainda, à discussão de temas econômicos e políticos de interesse nacional.

A regional paranaense do LIDE também conta com a Casa LIDE, localizada no bairro Batel, em Curitiba (PR), que funciona como um business club exclusivo para os filiados do estado. Trata- se de um projeto pioneiro que consolidou a primeira Casa LIDE do sistema.