Terceira edição do Fórum LIDE Paraná ESG, maior evento do tema da região sul do Brasil reuniu líderes empresariais e especialistas para discutir a implementação de políticas integradas de Ambiental, Social e Governança (ESG)

 

Os debates da terceira edição do Fórum LIDE Paraná ESG, realizada em 21 de agosto, reforçou a mensagem crucial de que a sustentabilidade não é mais uma opção, mas uma necessidade urgente para empresas de todos os portes. Diante da crescente ameaça da devastação ambiental, o evento reuniu líderes empresariais e especialistas para discutir a implementação de práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) em todos os níveis.

Para além de uma mera tendência corporativa, a sigla ESG representa um compromisso inadiável com o futuro do planeta e da sociedade. A sustentabilidade dos negócios é uma responsabilidade compartilhada, e o Fórum LIDE Paraná ESG foi criado para atuar como um catalisador para essa transformação, inspirando ações concretas em direção a um futuro mais justo e equilibrado. 

“Nosso fórum busca construir uma agenda rica e diversa, valorizando tanto as práticas locais quanto os insights nacionais. Queremos mostrar que as iniciativas de grandes empresas, como Renault, Volvo e New Holland, em governança, respeito às comunidades e ao meio ambiente, podem ser adaptadas e replicadas por negócios de todos os portes. Acreditamos que essa troca de experiências é fundamental para fortalecer o estado, dando visibilidade e protagonismo a diversas frentes de negócios. Investimos neste fórum para que as discussões de hoje se multipliquem e inspirem ações proativas em todo o estado”, destacou Heloisa Garrett, presidente do LIDE Paraná.

O evento contou com três grandes painéis abordando as temáticas ESG, além de palestras magnas com os principais especialistas e estudiosos do setor. Virgílio Viana, Superintendente Geral da Fundação Amazônia Sustentável, Alcione Albanesi , fundadora da ONG Amigos do Bem, e por fim Estevan Sartoreli, cofundador da Dengo Chocolates.

 

Responsabilidade ambiental 

O primeiro painel do evento, com foco na responsabilidade ambiental, trouxe insights valiosos sobre ações concretas que estão sendo implementadas por diferentes empresas. Participaram do debate Antonio Januzzi, superintendente de Meio Ambiente e Novas Tecnologias da Estre Ambiental, Fernanda Andrade, sócia diretora do Grupo RecicleX, Marcelo Aroldi, gerente de manutenção da Renault Brasil, e Jefferson Rejaile, cofundador da RDP Energia. 

Cada um dos painelistas apresentou duas iniciativas de suas respectivas empresas, compartilhando experiências e aprendizados sobre como promover a sustentabilidade em diferentes setores.

fotografia © 2024 Rubens Nemitz Jr

Januzzi apresentou a visão da Estre Ambiental de que os resíduos são recursos valiosos. A empresa investe em soluções inovadoras como a geração de energia a partir de biogás e no aprimoramento da reciclagem, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade e a economia circular.

Fernanda Faret Oliveira de Andrade, trouxe ao debate a questão crucial dos resíduos orgânicos e sua destinação adequada. Ela apresentou a tecnologia inovadora da empresa, capaz de realizar a compostagem em apenas 24 horas, acelerando significativamente o processo tradicional. Além disso, destacou os projetos público-privados que a RecicleX desenvolve utilizando o adubo produzido a partir desses processos, demonstrando o potencial de transformar resíduos orgânicos em um recurso valioso para a agricultura e a sociedade.

No setor automotivo, Marcelo Aroldi destacou o avanço significativo da Renault Brasil em sustentabilidade com a produção de seus veículos 100% por meio de energia solar. A montadora, que antes utilizava energia hídrica, agora opera de forma autossustentável com um parque solar fotovoltaico, em um esforço para diminuir sua pegada de carbono e o impacto ambiental.

“Temos compromissos globais com o Renault Group para reduzir o consumo de energia até 2050, mas nosso objetivo é antecipar essa meta. Atualmente, somos a segunda unidade do grupo em eficiência energética, e estamos trabalhando para ser a primeira até 2026. Além disso, focamos em apoiar a descarbonização da empresa e na redução do consumo de água por meio de tecnologias como osmose reversa e água de reuso”, destacou Aroldi.

Encerrando o painel, Jefferson Rejaile destacou o crescimento no mercado de combustíveis e a importância da transição energética no Brasil. Ele enfatizou o papel do biogás e biometano como soluções sustentáveis, mencionando projetos em andamento para produção de gás natural renovável a partir de resíduos. A iniciativa visa reduzir a pegada de carbono e fornecer energia limpa para a indústria e transporte, com planos de expansão no Paraná.

Responsabilidade social 

Com a mediação de Baltazar de Andrade Guerra, professor universitário e cientista, o segundo painel do evento foi dedicado às iniciativas de responsabilidade social e contou com a presença de grandes líderes e especialistas na área. Alcione Albanesi, fundadora da ONG Amigos do Bem, Luciane Pedro, gerente de responsabilidade social corporativa da ENGIE Brasil, Graziela Pontes, coordenadora de responsabilidade e impacto social do Instituto Renault, e Elisabete Waller, presidente do conselho de administração do ChildFund Brasil, compartilharam suas experiências.

Ela destacou o poder transformador do altruísmo e reforçou a noção de que a responsabilidade social é uma missão compartilhada. Durante sua fala, Albanesi detalhou os esforços da ONG Amigos do Bem, os desafios enfrentados no combate à desigualdade no Brasil, e reafirmou sua crença de que é possível vencer a fome e a miséria através da união e do comprometimento coletivo.

Em seguida, Luciane Pedro apresentou o programa “Parcerias para o Bem” da ENGIE. Criado em 2021, o programa busca unir empresas para enfrentar problemas sociais complexos, como saúde mental e geração de renda, promovendo impacto positivo em comunidades vulneráveis. Atualmente, com mais de 80 parceiros, a iniciativa já transformou realidades em diversos municípios do Brasil, destacando a importância da colaboração e da responsabilidade social corporativa. O projeto foca em educação, saúde e autonomia financeira, com ênfase especial em mulheres, evidenciando que a união de esforços pode realmente mudar vidas.

fotografia © 2024 Rubens Nemitz Jr

Na sequência, Graziela Pontes apresentou o programa “Geração Futura” do Instituto Renault, que tem como objetivo transformar vidas por meio da educação e da empregabilidade, com foco em jovens em situação de vulnerabilidade. Iniciado em 2019, o programa já formou mais de 450 jovens, muitos dos quais conseguiram oportunidades de emprego na própria Renault ou em seus fornecedores. Graziela destacou a persistência do programa em oferecer oportunidades e ressaltou o papel fundamental do apoio da comunidade e das parcerias locais para o contínuo desenvolvimento do projeto, que se adapta às necessidades dos jovens e impacta positivamente suas vidas.

Por fim, Elisabeth Waller discute o trabalho do Child Fund, que atua há 58 anos no Brasil, focando em crianças vulneráveis e suas famílias. A organização busca transformar vidas por meio da educação e capacitação profissional, impactando comunidades inteiras. A presidente do conselho também falou sobre a busca por parceiros dispostos a fazer a diferença no país. Atualmente, a organização está presente em sete estados brasileiros e busca expandir para outros, como o Maranhão e a região Amazônica. O objetivo é impactar 20 milhões de crianças no Brasil e transformar suas vidas por meio de parcerias e ações educacionais.

Governança 

O terceiro e último painel trouxe o tema “Governança”, mediado por Mayra Tavares Gil de Souza, fundadora e diretora executiva da SEED. Ao lado dela, Paulo César Nauiack, vice-presidente da Fecomércio – PR, Bernardo Zanini Fadel, diretor de desenvolvimento Institucional do Instituto Municipal de Administração Pública, Rafaela Mussi, coordenadora de ESG da Positivo Tecnologia, e Salatiel Turra, analista técnico do Sistema Ocepar. 

Paulo César Nauiack enfatizou a atuação do Fecomércio e sua presença, junto ao Sesc e Senac, em todos os municípios do Paraná.  Essa capilaridade permite um acompanhamento próximo do empresariado, a promoção de ações que beneficiam toda a comunidade e a capacitação de empreendedores, impulsionando seu desenvolvimento por meio do repasse de valores de governança e ferramentas essenciais para a conquista de espaço no mercado.

Na sequência, Bernardo Zanini Fadel destacou a importância da sustentabilidade e da governança social em Curitiba, mencionando iniciativas como a instalação de painéis solares e parcerias internacionais. Curitiba é reconhecida como uma cidade inteligente, comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e uma governança ativa. O Instituto, entre suas diversas atribuições, monitora o cumprimento dos ODS e é signatário do Pacto Global em Montreal. Em breve, será lançado o relatório de gestão da cidade, com o apoio do Sebrae, que acompanhará as ações ambientais e sociais implementadas.

fotografia © 2024 Rubens Nemitz Jr

Em seguida, Rafaela Mussi apresentou a estratégia ESG da Positivo, intitulada “Um Mundo Mais Positivo”, que estabelece metas ambiciosas até 2030. Ela destacou a expansão e diversificação dos negócios, além da importância da inclusão digital e da sustentabilidade. Orgulhosa de suas raízes brasileiras, a Positivo tem desempenhado um papel fundamental na democratização da tecnologia, ao mesmo tempo em que fortalece iniciativas de governança sustentável, economia circular e eficiência energética. A empresa também investe em parcerias para fomentar práticas sustentáveis, como o uso de bioplásticos, e participa de avaliações globais de sustentabilidade, conquistando reconhecimento relevante no cenário internacional.

Encerrando o painel, Salatiel Turra discursou sobre o papel fundamental das cooperativas de crédito no desenvolvimento regional do Paraná, destacando sua governança e a inclusão financeira em municípios com acesso limitado a instituições tradicionais. Ele reforçou a importância da responsabilidade social e da sustentabilidade, mencionando iniciativas como a promoção de energia renovável e a agricultura sustentável. Para Turra, a cooperação e a inovação são estratégias essenciais para superar desafios e aproveitar as oportunidades no setor econômico, fortalecendo as comunidades e impulsionando o desenvolvimento regional.

 

Sobre o LIDE/PR

Integrante do Sistema LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, o LIDE Paraná atua na construção de uma agenda positiva voltada ao fortalecimento da economia daquele que é considerado o segundo estado mais competitivo do Brasil, segundo a The Economist Intelligence Unit. Ciente do potencial de crescimento das empresas da região, o LIDE Paraná se posiciona como um hub de negócios para a promoção de oportunidades de investimento, desenvolvimento econômico e social e construção de conexões únicas, estimulando as interações e o networking empresarial. Volta-se, ainda, à discussão de temas econômicos e políticos de interesse nacional. O LIDE tem hoje 23  unidades no Brasil e 17 unidades internacionais, sendo o Paraná reconhecida a unidade referência do Sistema. Clique AQUI para se associar ao LIDE Paraná.

O Fórum é uma realização do LIDE Paraná.

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