Estado é destaque do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, tanto nos anos finais do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio
O Paraná oferece a melhor educação do Brasil, seja para crianças do Ensino Fundamental ou para adolescentes do Ensino Médio. É isso o que apresentam os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, a principal métrica de qualidade da Educação do país, divulgada a cada dois anos.
De 2021 para 2023, a nota do Ensino Médio paranaense saltou de 4,8 para 4,9, considerando escolas públicas, privadas e institutos federais. Com isso, o estado manteve a hegemonia do país pela segunda avaliação consecutiva, superando Goiás e Espírito Santos. Se for levado em conta apenas o ensino público, a nota do Paraná é de 4,7, um crescimento de 0,1 em relação ao resultado anterior.
Para os estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, o Ideb saiu de 5,4 para 5,5, garantindo que o estado também assumisse a liderança, empatado com Ceará e Goiás. A média do país dentro desta categoria foi de 5. Quando se avaliam os anos iniciais do Ensino Fundamental, a liderança também é do Paraná com a nota 6,7, superando Ceará (6,6) e São Paulo (6,5). A diferença primordial desta fase I é o fato de que a gestão das escolas nestes casos é realizada pelos municípios.
“Queremos continuar melhorando os nossos índices no Ideb para que o Paraná seja uma referência de ensino público na América Latina”, afirma o governador Ratinho Junior.
Divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Ideb considera a aprovação e as médias de desempenho nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Qualidade da rede pública está mais próxima da privada
Uma boa notícia trazida pelo Ideb para a rede pública é o fato de a qualidade do ensino estar cada vez mais próxima das instituições particulares. Se for levado em conta o recorte entre 2017 e 2023, a distância entre as notas obtidas no Ensino Médio e na Fase II do Ensino Fundamental caiu pela metade.
Em 2017, a diferença no Ensino Médio era de 2,2 pontos: 5,9 pontos foi a nota da rede privada contra 3,7 das instituições estaduais. Em 2023, os alunos das escolas particulares atingiram o mesmo resultado, enquanto a rede pública saltou para 4,7 pontos. Foi essa evolução que tirou o Paraná da 9ª colocação na qualidade do Ensino Médio em 2017 para a liderança no levantamento de 2023.
Nos anos do ensino fundamental sob a gestão estadual, a diminuição do resultado foi de 2,1 em 2017 para 1 ponto em 2023. No início deste recorte, os alunos da rede privada contabilizavam 6,7 pontos contra 4,6 pontos da rede pública. No ano passado, as escolas particulares somaram 6,4 pontos frente a 5,4 pontos das instituições administradas pelo estado, tirando o Paraná da 8ª colocação para a liderança do ranking.
O que está por trás dos resultados?
Duas iniciativas contribuíram para que o Paraná melhorasse a qualidade e se consolidasse como referência no ensino estadual em todo o país: o Educa Juntos e o Programa Desafio Paraná.
Implantado em 2022, o Educa Juntos oferece suporte aos municípios por meio da distribuição de materiais didáticos, ferramentas de monitoramento escolar e avaliações diagnósticas. Um outro pilar da iniciativa é o foco na capacitação contínua para os profissionais envolvidos na educação.
A construção de uma fundação para os professores permite a disseminação do conhecimento com mais qualidade. Os resultados obtidos refletem o investimento feito desde a educação que está sob a responsabilidade dos municípios, na Fase I do Ensino Fundamental. A parceria do estado com os municípios facilita a continuidade do processo educacional, o que se reverte positivamente no desempenho dos estudantes no Ideb.
O Programa Desafio Paraná, por outro lado, visa tornar o ensino mais prazeroso nas escolas estaduais. Em um primeiro momento, a ferramenta educacional digital Quizizz foi adotada para facilitar as lições de casa dos alunos. Em 2024, sua atuação foi ampliada, com conteúdo voltado à recomposição da aprendizagem e à transversalidade de temas.
O Quizizz também ganhou integração com inteligência artificial, propiciando feedback em tempo real para os alunos e aplicando técnicas de gamificação para ampliar as capacidades dos estudantes do estado. A ferramenta também permite aos professores personalizar o tipo de conteúdo para os alunos, individualizando o ensino.
A evolução da Educação de Jovens e Adultos
Não são apenas as crianças e adolescentes que estão se beneficiando da educação de qualidade do Paraná. No segundo semestre de 2024, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) teve um aumento de 13,7% nas matrículas em comparação ao primeiro semestre. No momento, o número de estudantes registrados no EJA é de 41.705: eram 36.673 entre janeiro e junho. O que chama a atenção é que três quartos das matrículas (75% do total) é de pessoas que estavam totalmente fora do sistema antes do EJA.
O resultado do segundo semestre de 2024 também superou o mesmo período de 2023, quando o número de estudantes matriculados foi de 36.673. Os números são do Departamento de Gestão de Dados da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR). No EJA, é possível retomar os estudos dos anos finais do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio.
De acordo com a Seed-PR, uma das principais causas deste crescimento no volume de participantes na modalidade é a oferta do regime semipresencial. O EAD passou a ser ofertado em julho do ano passado e exige a presença física apenas uma vez por semana para quem cursa o Ensino Fundamental e em dois dias para o Ensino Médio. Seu foco é voltado a pessoas que não podem frequentar o curso diariamente. Neste caso, o restante da carga horária ocorre em um ambiente virtual de aprendizagem.
“Não é uma tarefa simples. É resultado de muito trabalho e esforço de uma equipe comprometida da Secretaria e de quem atua na linha de frente nas escolas, como diretores, professores e demais servidores”, Roni Miranda Secretário de Estado da Educação.
Atualmente, a modalidade é disponibilizada em 250 instituições de ensino estaduais tanto em regime presencial quanto EAD. É possível concluir a fase II do Ensino Fundamental em dois anos para pessoas a partir de 15 anos, e o Ensino Médio em um ano e meio para quem tem a partir de 18 anos.
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