Com tecnologia inovadora Ebricks produz blocos encaixáveis que aumentam a produtividade e reduzem significativamente o consumo de massa e água

Por Elusa Costa

No cenário atual da construção civil, um dos setores mais críticos em termos de impacto ambiental, o Paraná emerge como um exemplo de inovação e sustentabilidade. Tradicionalmente conhecida por um alto consumo de recursos naturais e geração significativa de resíduos, a indústria da construção está passando por uma transformação vital, impulsionada por soluções criativas que alinham eficiência econômica à responsabilidade ecológica.

Entre as inovações que estão redefinindo práticas no setor, destaca-se o Ebricks, um bloco de construção encaixável desenvolvido pelos irmãos Ricardo e Daniel Dresch. Esse produto, já adotado por grandes construtoras paranaenses, revoluciona não apenas pela redução do consumo de água e resíduos, mas também pelo aumento da eficiência nos canteiros de obras.

 

COMPARATIVO DIA DE PRODUÇÃO

O Ebricks, que pode ser feito de argila ou concreto, oferece uma montagem praticamente livre de argamassa, exceto na base e nas conexões estruturais, o que reduz o uso desse material em até 82%. Testes realizados pelo laboratório Lactec confirmam que a tecnologia pode acelerar a construção de paredes em 66%, além de oferecer uma ergonomia superior que minimiza o esforço físico dos trabalhadores, resultando em uma redução no tempo e na mão de obra necessários para projetos de construção.

“Ebricks representa uma inovação disruptiva na construção civil, um setor que, embora acostumado a avanços em softwares e serviços, há muito não via uma revolução em materiais de construção tão prática e escalável”, afirma Leon Le Senechal, sócio diretor responsável pelo plano de expansão do Ebricks.

A empresa agora mira uma expansão nacional, fundamentada no acesso fácil à matéria-prima e no aumento da capacidade produtiva localizada estrategicamente perto dos centros consumidores. Este modelo de negócio, que combina sustentabilidade com inovação prática e escalável, tem o potencial não apenas de transformar o setor da construção civil no Brasil, mas também de estabelecer novos padrões de sustentabilidade em indústrias tradicionalmente intensivas em recursos.

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